Há mais de um mês os moradores de fazendas na Serra de São Vicente e também próximo ao Hotel Águas Quentes lidam com incêndios florestais diariamente e precisam combater de forma artesanal o fogo. Vídeos registrados pelo mostram o cenário devastado pelas queimadas, que chegam até à áreas de proteção ambiental.
A região pertence ao município de Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul da Capital), que foi o oitavo em Mato Grosso no número de focos de incêndio em agosto, com 249 registros segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Na Serrana, comunidade próxima ao Hotel Águas Quentes e à área de proteção ambiental (APA) Águas Quentes, dezenas de famílias se revezam no combate ao fogo, que muitas vezes precisa ser feito até de madrugada para impedir que as casas sejam atingidas.
Mesmo sem equipamentos apropriados, os "brigadistas" amadores utilizam galhos de árvores, abafadores feitos com pedaços de borrachas e os tratadores das fazendas para conter os incêndios que podem se estender por dias e se alastras por grandes extensões.
O fogo também prejudica a visibilidade dos motoristas na Serra de São Vicente, onde em alguns trechos a fumaça e a fuligem são intensas. "Não dá tempo dos bombeiros chegarem. A gente vai apagando mesmo, porque se esperar, não sobra nada", contou um dos moradores da região.
