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12/03/2021 | 08:52

Imposto zerado trava alta, mas não reduz os preços

Uma das principais demandas da greve dos caminhoneiros em 2018 era para que ocorresse uma redução no valor do diesel. Com os últimos reajustes deste ano, surgiu a ameaça de uma nova paralisação, o que levou o governo federal a zerar os impostos federais (PIS e Cofins) incidentes sobre o diesel A.

O anúncio dessa redução acabou não surtindo um efeito prático na redução do preço ao consumidor, o que causou confusão nos postos de gasolina. Muitos deles questionam quando a retirada do tributo aparecerá. “O consumidor já está sentindo. Senão, o preço estaria mais alto”, garante Nelson Soares, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).

“Na sequência teve mais um reajuste do diesel pela Petrobras. Então, na realidade, já era para o consumidor estar pagando mais caro do que agora. Só não está porque o imposto para o diesel foi zerado pelos próximos 60 dias”, justifica.

Nelson destaca ainda que o impacto da redução dos impostos federais recai apenas sobre 87% do valor do diesel. Isso porque o combustível é composto por 87% de diesel (fóssil) e 13% de biodiesel.

“Os impostos continuam sendo cobrados sobre o biodiesel. Então, no cupom fiscal do posto não vai aparecer alíquota zerada para nenhum dos combustíveis. Lembrando que etanol e gasolina não tiveram alíquota zerada pelo governo federal”, reforça.





FONTE: ESTADÃO MATO GROSSO
 
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