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13/07/2021 | 08:49 - Atualizada: 13/07/2021 | 08:54

Paratleta de Itiquira representará MT em campeonato internacional de Jiu Jitsu

Foto: Reprodução/OLIVRE
 
Mato Grosso será representado no campeonato AJP Tour Rio de Janeiro Internacional PRO, que acontece em julho, na modalidade de ParaJiu-Jitsu por Juninho Cabral. Ele é formado em Educação Física e mora na cidade de Itiquira (MT). Por ter nascido sem os braços e pernas, teve que começar a mostrar que iria contrariar as estatísticas desde que veio ao mundo, e hoje acumula medalhas esportivas.

Juninho faz parte da Seleção Brasileira de Parajiu Jitsu e representou o Brasil no Uruguai, quando se consagrou campeão Pan-Americano. O atleta também é Vice-Campeão do Grand Slan do Rio de Janeiro, campeonato esse que dá a vaga para o mundial em Abu Dhabi que que acontece em 2021, ainda sem data definida por causa da pandemia da Covid-19.

“Não existe limite, o caminho é sempre persistir, acreditar e nunca desistir, assim a gente chega lá”, afirma o atleta.
Trajetória no esporte

Ingressou no curso de Educação Física da Universidade de Cuiabá, em Rondonópolis, e se formou em 2014. Como mora na cidade de Itiquira (150 km de distância do câmpus), Juninho ia e voltava de ônibus todos os dias.

Durante a graduação teve várias oportunidades no ramo esportivo, foi auxiliar técnico do time de futsal feminino de Rondonópolis e participou do campeonato brasileiro feminino, juntamente com o time da universidade.

Em 2015, foi voluntário como treinador do time feminino da cidade e em, 2017, teve a oportunidade de conhecer o seu ídolo Falcão pessoalmente. Dois anos depois, Juninho teve seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu e se apaixonou pelo esporte.

“Treino duro desde então para levar cada vez mais medalhas e orgulho ao meu estado”, assegura o poliesportista.


Nasceu transpondo os obstáculos

A família do atleta não esperava ter um bebê sem braços e pernas. Alguns parentes duvidaram que ele sobrevivera, mas sua tia e avó paternas o esconderam. Depois de uma semana Juninho foi apresentado aos pais que o aceitaram e começaram a entender como seria criar uma criança com limitações. Até então, a família não imaginava que “limite” não faria parte do dicionário de Juninho.

Ele conta que o desejo de fazer Educação Física começou na infância, quando entrou na escola pública aos seis anos.

“Nada era diferente, mas não me deixavam jogar futebol com as outras crianças. Foi aí que surgiu o desejo de cursar Educação Física quando crescesse. Queria poder praticar os esportes que todos julgavam ser impossíveis para alguém na minha condição, mas o que precisavam entender é que eu me adapto e consigo”, conta.




Fonte: OLIVRE
 
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