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05/08/2022 | 06:00

Paccola pede licença da Câmara e diz estar 'nu' sem arma


Foto: Reprodução

 

O vereador de Cuiabá Marcos Paccola (Republicanos) pediu licença da Câmara para se dedicar à sua campanha para deputado estadual. O pedido foi protocolado nesta quinta-feira (4) pelo parlamentar.  Em seu discurso, Paccola citou a decisão do juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miraglia, que o tornou réu pela morto do agente socioeducativo Alexandre Miyagwa de Barros, determinou recolhimento da arma do parlamentar e encaminhamento da mesma para a Polícia Federal.  

"Depois desses mais de 20 anos [de atividade policial], eu me sinto como se estivesse andando nu, me sinto pelado. Por decisão do juiz e decisão judicial a gente está aqui pra acatar. Hoje não estou portando a minha arma de fogo, porque foi suspenso o meu porte de arma, fiquem tranquilos porque não posso enquanto essa decisão não for revogada", disse na tribuna.  

Paccola afirmou ainda que, mesmo desarmado, não se sentirá inseguro, já que vários policiais militares se colocaram a disposição do parlamentar para acompanhá-lo na hora de suas folgas.  "Para alegria de uns e tristeza de outros, vários policiais fizeram contato comigo e se colocaram à disposição para, na folga, estarem junto comigo [...] enquanto eu não tiver possibilidade de me defender", pontuou.  

O vereador também afirmou que o seu grupo fará história e irá se eleger deputado estadual. "Nós não servimos a dois senhores. Vou dedicar dia, noite e madrugada, nesses próximos dias, à campanha. Se for assim acolhido pelo partido, estaremos cravando a nossa condição de candidato como deputado estadual em Mato Grosso, a partir da convenção de amanhã".  

Marcos Paccola se tornou réu pela segunda vez. Agora ele é acusado de homicídio qualificado sem dar chance de defesa para a vítima. Ele assassinou o agente socieducativo, Alexandre Miyagawa no dia 1º de julho, com 3 tiros nas costas.  O vereador deve ir à juri popular por conta do crime.

Antes, Paccola se tornou réu na ação da Operação Coverage, que investigou crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações.  De acordo com o pedido do Ministério Público Estadual (MPE), Paccola é acusado de fraudar o sistema da Polícia Militar para alterar o registro de arma que teria sido usada em 7 homicídios, ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande. Os assassinatos e tentativas são apurados na Operação Mercenários.






Fonte: GAZETADIGITAL
 
 
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