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15/02/2018 | 09:35

Testes de impacto do halo são "de parar o coração", diz engenheiro da McLaren

O halo é uma peça de titânio de 14 kg presa ao carro sobre o cockpit, de maneira a impedir que grandes objetos acertem o capacete do piloto em caso de acidente. Simples? Nem tanto. Para as equipes de Fórmula 1, a instalação do mais novo dispositivo de segurança obrigatório da categoria tem sido um desafio tão grande quanto construir carros potentes e velozes. Nos testes dos novos chassis, algumas equipes revelaram à imprensa internacional que as altas cargas de força aplicadas sobre a peça estão custando muito dinheiro e também muitas horas de trabalho aos engenheiros e projetistas. Caso da McLaren, que precisou redesenhar várias partes de seu novo modelo para instalar o protetor.

- Foi um grande desafio. As cargas são muito, muito altas. Nós sempre soubemos que seria um desafio e investimos algum tempo e dinheiro para uma série de testes. Nós construímos várias peças, como manequins de halos, partes de halos, halos completos, e a partir daí fomos testando como todos estes sistemas se comportariam. Encontramos alguns problemas, mas planejamos o suficiente para reagir a eles no desenvolvimento do chassi – disse o chefe de engenharia da McLaren, Matt Morris.

Os testes de impacto da FIA sobre o novo dispositivo simulam acidentes com enorme carga vertical. Na semana passada, o diretor técnico da Mercedes, James Allison, revelou que a força que o halo deve suportar é equivalente a um ônibus londrino de dois andares sobre o carro. Morris, da Mclaren, não faz rodeios ao explicar a sensação que toma conta dele ao acompanhar estes testes.

- Acompanhei de perto. Quando você vê o teste sendo realizado, com aquela quantidade de carga ali, é bastante assustador. Em alguns momentos, estes testes são de parar o coração, especialmente nas simulações estáticas com cargas que entram de um ângulo oblíquo. É um teste muito difícil, mas foi um desafio interessante - confidenciou o engenheiro ao site "Autosport".

Enquanto as equipes de Fórmula 1 aprimoram as maneiras de acoplar o halo aos seus chassis, a Fórmula Indy está trabalhando no desenvolvimento de uma alternativa: o windscreen, uma espécie de para-brisa feito com o mesmo material usado na cápsula dos aviões caça. Questionados pelo GloboEsporte.com, os leitores se mostraram maciçamente favoráveis à opção norte-americana.
 
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