Imprimir

Imprimir Notícia

15/03/2019 | 08:37

​Caso de febre amarela suspende visitação ao zoológico da UFMT

Visitação ao zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está suspensa. Decisão foi tomada pela administração superior da instituição após ser informada pela Vigilância em Zoonose e em Saúde de Cuiabá que exames confirmaram febre amarela como causa da morte de dois macacos, em dezembro do ano passado.

 A UFMT destacou que os animais recolhidos pela vigilância no dia 6 de dezembro, dos tipos sagui e macaco da noite, têm vida livre, ou seja, entram e saem do campus. Os 8 macacos que vivem no zoológico foram isolados e colocados em quarentena, mesmo estando saudáveis e sem apresentar sintomas clínicos da doença.

A administração afirma que a suspensão das visitas visa reduzir o fluxo de pessoas no campus de Cuiabá, principalmente daquelas não imunizadas contra a febre amarela. Também serão fixados avisos nas guaritas de acesso ao campus informando sobre a presença do agente circulante do vírus da febre amarela.

"Paralelamente a essas medidas, a Coordenação de Assistência à Saúde do Servidor (CASS) da UFMT está agilizando a realização de uma campanha de vacinação pontual contra a febre amarela, no campus de Cuiabá, em parceria com a Diretoria de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMSC). A CASS colocou à disposição o espaço físico e a equipe multiprofissional, composta por técnicos de enfermagens, enfermeiros e médicos, para realização da campanha de vacinação", descreve a nota encaminhada pela UFMT.

 Sem pânico

A Vigilância em Zoonoses e Saúde em Cuiabá informou que a confirmação da causa da morte dos macacos não deve gerar pânico na sociedade, principalmente pelo fato da maioria da população já ser vacinada contra a doença. Mato Grosso, por ser considerado um estado endêmico, tem orientação de vacinação a todos os moradores e visitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, apenas uma dose da vacina é suficiente para imunizar a pessoa por toda vida. Antigamente era indicado reforço a cada 10 anos. Estudos demonstraram que isso não é necessário. Desta forma, o município afirma que não há motivo para realização de campanha de vacinação e nem de 'correria' aos postos de saúde. Devem se vacinar apenas aquelas pessoas que nunca foram imunizadas.

Outro alerta da Vigilância é sobre os cuidados com os macacos. Matá-los, além de crime, impede o controle da doença. Eles não são os transmissores, apenas hospedeiros, assim como o ser humano.

O mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, vírus zika e chikungunya, é responsável por transmitir a febre amarela entre os homens. Por isso, mais uma vez é reforçada a necessidade de eliminar os focos de proliferação do mosquito.

 
 
 Imprimir