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26/03/2019 | 09:00 - Atualizada: 26/03/2019 | 09:08

Prefeito de Brasnorte aponta celeridade na reconstrução de ponte queimada no sábado

O prefeito de Brasnorte (585 Km de Cuiabá), Mauro Rui Heisler, destacou que o município já está providenciando de forma célere a reconstrução da ponte queimada no sábado (23), que passa sobre o Rio Membeca, na MT 488. Para o chefe do executivo municipal, a preocupação nesse momento é aplicar justiça aos responsáveis pela queima da ponte e reconstruir a passagem, a fim de que seja facilitado o escoamento da produção – que, por conta do incêndio, está sendo realizado com desvio de 180 Km.

“Nós já estamos tomando medidas, fizemos um decreto de emergência para que possamos agilizar o processo [de reconstrução]. Evitando, dessa forma, um processo licitatório mais demorado, mas, volto a dizer, pelos meios legais de dispensa de licitação, ou como quer que seja. Para nós reconstruirmos aquela ponte e atendermos os produtores rurais daquela região e do município de Brasnorte”, contou o prefeito à equipe do programa SBT Comunidade.

O secretário Marcelo Oliveira, da Secretaria de Infraestrutura, afirmou que, mesmo não sendo de responsabilidade direta do Estado e, sim, atribuição do município, a secretaria ajudará na reconstrução da ponte.

O caso

Tido como criminoso, o incêndio que consumiu parte da ponte foi denunciado nas redes sociais pelo produtor rural da região, Agnaldo Horácio, como tendo sido causado por indígenas. Contudo, o prefeito apontou que não é possível atribuir culpa, uma vez que não há provas de quem seriam os responsáveis.

Conforme o presidente da associação de produtores rurais do município de Brasnorte, Paulo Jacomet Giaco, a ponte teria sido queimada por indígenas, uma vez que esses teriam uma rivalidade com os produtores da região por conta de uma “pretensa” demarcação de terras. Todavia, a Fundação Nacional do Índio (Funai) apontou à equipe do Programa ST Comunidade que já há uma demarcação de área indígena naquela região e a ponte queimada estaria localizada dentro dessa região reservada.

Ao HiperNotícias, Jacomet disse que não há demarcação formal das áreas que garanta aos indígenas a posse de 257 mil hectares. “Já faz quase 20 anos que a Funai veio com a pretensão de desenvolver os estudos antropológicos para promover uma reserva indígena. Não foram demarcadas [as terras]. Entramos na Justiça para recorrer e, até hoje, ainda não tem nenhuma decisão em primeiro grau. Eu não falo que é deles porque ainda foi cumprido nenhum passo legal”, diz o presidente da associação dos produtores rurais.
 
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