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14/05/2019 | 12:08

Noivos perdem bagagem com vestido da noiva e anel às vésperas do casamento

Tatiana Machado e José Augusto Rangel se conheceram em 2013, começaram a namorar em 2017 e vão trocar as alianças no próximo sábado (18), em uma festa que foi pensada e construída em seus mínimos detalhes por quase dois anos. O evento, que tinha tudo para ser rodeado de boas lembranças, acabou virando um drama para os noivos. 

Os dois moram no Rio de Janeiro, mas queriam comemorar o matrimônio no Recife, junto à família de Tatiana, que é pernambucana. Só não contavam com o extravio da mala onde, além de roupas e outros itens, estava o vestido da noiva e um anel avaliado em R$ 42 mil. “Também estavam nossos sapatos. O dele, inclusive, era uma surpresa. E eu tive que contar na hora de descrever o que tinha na mala”, lamentou Tatiana.

Desde que desembarcaram no Recife, na manhã do último sábado (11), eles têm ido diariamente ao guichê da companhia aérea Azul. “Ligamos, mas o telefone não pega. Então começamos a ir, no sábado mesmo, atrás de informações lá no aeroporto. Para terminar, eles estão mudando de sala, então estão com o serviço fora do ar”, diz Tatiana. “Já pensei em desistir, adiar. Mas tem muita coisa envolvida, pessoas, dinheiro que já foi investido. Enquanto isso a gente fica na expectativa de saber se espera ou se vai atrás de outras roupas”, conta. 

Após a edição da Resolução n°400/2016, as malas acima de 10 quilos precisam ser despachadas mediante um taxa que a companhia aérea estabelece. “Nós pagamos R$ 50 para despachar, porque o vestido era pesado, tinha sapato, agenda do casamento, tudo. Ainda despachamos de graça a mala de mão, porque eles pediram já que o avião estava cheio”, lembra Tatiana. “A mala de mão foi uma das primeiras a sair. Mas ficamos esperando até a esteira ficar vazia e a maior não apareceu. E por isso sabemos que ninguém pegou ali, na esteira, porque estávamos lá acompanhando”, completa José Augusto.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a bagagem pode permanecer na condição de extraviada por, no máximo, sete dias em voos nacionais. “Na mesma hora nosso voo tinha também para Campinas e Congonhas. Eles checaram e não foi parar lá. Também não está no Galeão, que foi de onde viemos”, afirma a noiva. 

Dentre os pertencentes extraviados estão as joias que ela usaria no casamento. “Eu passei cinco meses fazendo o meu vestido. Gastei indo e vindo da costureira, que é de Volta Redonda, uma cidade do Sul do Rio. Foi um vestido pensado por muito tempo, com o tecido que eu queria, do jeito que eu queria. Onde eu vou conseguir algo assim até o dia do casamento? Fora o investimento, o trabalho, o tempo”, lamentou. “Dentro também estava o meu caderno com o nome de todos os fornecedores, convites e senhas do casamento. É horrível o que está acontecendo com o nosso sonho.”

A assessoria de imprensa da Azul respondeu, apenas, que está tratando o problema diretamente com os clientes. “Até o fim do prazo não podemos acionar a justiça. Temos que esperar. Mas nada paga tudo isso que está acontecendo. A quebra de um sonho”, diz José Augusto. “Vamos seguir esperando até o dia da festa”, completa Tatiana.
 
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