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22/07/2019 | 11:16

Corregedoria eleitoral lança projeto SoleTRE e oferta cursos de alfabetização a jovens, adultos e idosos

O cidadão que não sabe ler e escrever, mas que deseja se alfabetizar pode contar agora com a ajuda da Justiça Eleitoral de Mato Grosso. Trata-se do projeto SoleTRE, uma iniciativa da Corregedoria Regional Eleitoral, que visa a realização de cursos de alfabetização. As aulas terão início no dia 29 deste mês nas dependências do TRE e serão ministradas por servidores e magistrados. Jovens, adultos e idosos interessados em participar já podem se inscrever, basta ligar nos telefones: (065) 3362-8095, 3362-8047, 3362-8259 e 33628154.

Serão aceitos até 30 alunos por turma. As aulas serão ministradas todas às segundas e quartas, no horário das 08 às 09h30 ou das 13 às 14h30. O curso terá a duração de 05 meses. 

Com a iniciativa, a CRE busca promover a inclusão social, despertar a cidadania e reduzir o quantitativo de eleitores analfabetos. “O percentual de cidadãos que ainda não tiveram acesso ao aprendizado de leitura e escrita é considerado elevado para os dias atuais. Em Cuiabá, por exemplo, o cadastro da Justiça Eleitoral aponta que 3.645 eleitores se declararam analfabetos. Diante dessa realidade, é fundamental qualquer iniciativa das instituições públicas ou privadas que dê a essas pessoas condições de serem alfabetizadas”, destacou o coordenador jurídico da CRE, Carlos Luanga.


 O corregedor regional eleitoral, desembargador Sebastião Barbosa Farias ressalta a importância do projeto e reafirma: que todas as instituições, sejam públicas ou privadas, precisam se voltar para as questões sociais.  “Há muitas pessoas que não possuem qualquer nível de alfabetização, o que as leva a ficar à margem da sociedade, sem oportunidades profissionais e pessoais. É relevante a contribuição que o projeto trará aos participantes e também a sociedade, uma vez que a alfabetização abre portas para o conhecimento e constitui ferramenta de transformação social. As questões sociais precisam ser abraçadas por todas as instituições”.


 O presidente do TRE, desembargador Gilberto Giraldelli explica que as consequências da alfabetização vão além do simples aprendizado da leitura e escrita. “O cidadão que sabe ler e escrever, consegue exercer sua cidadania com mais propriedade e facilidade, pois possui melhores condições de buscar informações, se expressar, defender o ponto de vista, partilhar, construir sua visão do mundo, produzir conhecimento e acima de tudo, requerer seus direitos. Esse curso não pode ser visto apenas como uma oportunidade de aprender a ler e escrever. Não!. Os alunos serão instigados a desenvolver a criticidade, possibilitando assim, sua plena participação na sociedade”.


 As aulas serão ministradas por servidores da instituição e que voluntariamente abraçaram a iniciativa. “O projeto permitirá aos servidores a possibilidade de participação em ações solidárias, incentivando o voluntariado, a reflexão sobre questões humanitárias e o incentivo à solidariedade. A excelente adesão dos servidores demonstra que a Justiça Eleitoral é conduzida por pessoas, que transcendem o exercício de suas atribuições na busca de um país melhor, mais justo, mais participativo”, ressaltou o diretor geral do TRE, Mauro Sergio Diogo.


 Entre os professores voluntários está a servidora da CRE, Sueli Shimada Ueda. Ela, que foi a idealizadora do projeto, conta porquê fez questão de participar. “Sempre tive desejo de ser voluntária e participar de um projeto social, daí pensei em um projeto social voltado para a educação. Acho que a educação é a principal ferramenta para transformação social e a alfabetização é o primeiro passo pois abre as portas para o conhecimento e consequentemente, para o exercício da cidadania”.

Voto Consciente

 A iniciativa está intimamente relacionada com o Programa “Voto Consciente” que é desenvolvido desde 2011 pelas Escola Judiciária Eleitoral, junto aos estudantes de escolas públicas e privadas. “O SoleTRE constitui um estágio anterior ao Voto Consciente, uma vez que o pleno exercício da cidadania pressupõe indubitavelmente a alfabetização”, destacou Carlos Luanga.

 (Com assessoria)
 
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