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07/11/2019 | 11:31

Política Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio é apresentada na ALMT

O deputado estadual Thiago Silva (MDB) apresentou, nesta semana, na tribuna da Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei nº 1167/2019, para instituir a Política Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, em cooperação com os municípios, sociedade civil e instituições privadas.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de outubro de 2019, o número de suicídios em Mato Grosso aumentou 44% no período de 4 anos, entre 2015 e 2018. Já a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes saiu de 4,6 para 6,4. Nos 4 anos compreendidos no levantamento, 738 pessoas tiraram a própria vida no estado e as lesões autoprovocadas (tentativas de suicídio e automutilação) chegaram a 1.753 registros no mesmo período. A maioria dos casos envolve jovens de 15 a 29 anos.

Segundo o deputado Thiago, o assunto não deve ser tratado como tabu, e o poder público precisa facilitar a interação entre escola e família para evitar que este tipo de situação possa ocorrer. “Preocupado com a pauta, apresentamos, em junho de 2019, o Requerimento 449, onde solicitamos à Seduc (Secretaria de Estado de Educação) a inserção de equipes multidisciplinares nas escolas estaduais, para que haja atendimento psicológico e pedagógico dos nossos jovens”, disse o parlamentar.

Entre os objetivos do projeto, estão prevenir a violência autoprovocada, promover a melhoria na saúde mental e controlar os fatores condicionantes que afetam a mente de cada ser humano que sofre de transtornos psíquicos. 

“Como presidente da Comissão de Educação da ALMT, acredito ser essa uma política pública de grande interesse da sociedade, pois vemos hoje em dia jovens tirando a própria vida, muitas vezes por falta de uma prevenção mais eficaz e a falta de diálogo com a família. Além disso, apresentamos o projeto de lei sobre a Semana da Família na Escola, que vem ao encontro do projeto de prevenção à automutilação”, disse o parlamentar.

A automutilação pode estar ligada a abandono, frustração, depressão e violência ocorrida dentro de casa. Segundo o projeto, o poder público poderá celebrar parcerias com empresas provedoras de conteúdo digital, mecanismos de pesquisa da internet e gerenciadores de mídias sociais para a divulgação dos serviços de atendimento a pessoas em sofrimento psíquico.
 
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