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08/11/2019 | 09:07 - Atualizada: 08/11/2019 | 09:17

Zaqueu é condenado a oito anos, três coronéis são absolvidos e cabo Gerson recebe perdão

O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Especializada na Justiça Militar, iniciou na quinta-feira (7), o segundo dia de julgamento de cinco militares acusados de operacionalização de um esquema de grampos clandestinos em Mato Grosso, que teria começado a atuar no ano de 2014. 

 São réus no processo: os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

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Na quarta-feira (6), primeiro dia de audiência, o Ministério Público pediu a absolvição de Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista considerando que existem dúvidas quanto a participação efetiva no sistema batizado de Grampolândia Pantaneira.
 
O promotor Allan Sidney do Ó de Souza durante a leitura das alegações finais, reiterou ainda pela condenação do coronel Zaqueu Barbosa  pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. Devido à continuidade delitiva da prática dos crimes, fator que ocasiona o aumento da pena, a  condenação pode chegar até 23 anos de prisão.

Também foi solicitada a condenação do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Junior por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar até 18 anos de prisão, também devido à continuidade delitiva.

Contra o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, houve pedido de condenação pelo crime de realização de operação militar sem ordem superior, que prevê de três a cinco anos de reclusão.

O esquema:

Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2014 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime nenhum no Estado. A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre médicos, empresários, funcionários públicos etc.
 
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