Após a homologação pelo Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá, as propostas para o aprimoramento da atenção à saúde aprovadas na 12ª Conferência Municipal de Saúde servirão como diretrizes para a construção do Plano Municipal de Saúde (PMS), Plano Plurianual (PPA) e para Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018.

Conforme a secretária Municipal de Saúde, Elizeth Lúcia de Araújo, ao todo, foram aprovadas 135 indicações, construídas em oito pré-conferências realizadas nas quatro regionais de Cuiabá e áreas rurais, e consolidadas em julho por cerca de 700 conferencistas que participaram do evento, dois quais 50% foram representantes dos usuários do SUS, 25% dos trabalhadores da saúde e outros 25% representantes do governo e entidades da área.   

A secretária também ressaltou que as propostas vêm ao encontro das prioridades apontadas pelo prefeito Emanuel Pinheiro no Programa de Governo para a Saúde, que tem como foco a humanização, o acolhimento e a participação dos cidadãos. Ainda de acordo com Elizeth Araújo, dentre as principais indicações sobressaíram-se as que objetivam a ampliação da participação social e a garantia do direito à saúde, o fortalecimento da atenção primária e do Sistema Único de Saúde (SUS).  

“O desejo de reconstrução do SUS foi unânime entre os conferencistas. E as propostas para o não desmantelamento do maior sistema de saúde do país, com a criação de novas estratégias para mobilizar e esclarecer a população sensibilizando-as sobre o funcionamento do SUS, bem como os caminhos para a construção do plano de ação da Saúde da Capital corroboram com o nosso plano de trabalho. Acreditamos que o fortalecimento da atenção à saúde primária e a implantação de modelos de atenção que mirem à prevenção das doenças e a promoção à saúde da população nas bases serão os caminhos para diminuirmos os atendimentos nas atenções secundária e terciária”, disse a secretária.

Além dos pontos destacados pela gestora, o vice-presidente do Conselho de Saúde, Júlio César de Souza Garcia, pontuou que entre as 135 propostas também constam o monitoramento dos profissionais de saúde com registros de ponto, a adequação da oferta de exames e consultas médicas especializada de acordo com a demanda dos bairros e a transparência nas informações referentes a consultas e exames especializados (lista de espera) através dos meios de comunicação da SMS.

Frisou também o desejo de ampliação, reforma e construção de novas unidades de saúde (incluindo a zona rural), além da ampliação das equipes de estratégia do Programa Saúde da Família (PSF), Consultório Itinerante, atenção à saúde bucal e de frentes de trabalho que intensifiquem as ações de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Conforme o vice-presidente, foram aprovadas pelo Conselho 42 recomendações que serão encaminhadas  como diretrizes. “Aprovamos indicações que contribuem para a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e consequentemente diminuem a procura por unidades de saúde. Dentre as quais, recomendamos fazer alianças com outros movimentos sociais visando a promoção à saúde, agenciar o consumo de alimentos da agricultura familiar, conscientização no trânsito, parcerias que diminuam o sedentarismo e ainda a inclusão das chamadas educação em saúde nas escolas. Todas essas recomendações servirão como base para a construção dos planos que regerão os trabalhos desta gestão o do 1ª ano da próxima” finalizou.