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20/08/2017 | 14:54

Juiz, supersalário e o fim da caixa-preta no Judiciário

Caiu na rede e veio como uma bomba no Judiciário brasileiro: o recebimento referente ao mês de julho do juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública de Sinop, Mirko Vincenzo Giannotte. Um valor bruto de R$ 503.928,79 que gerou indignação e levou inclusive o Conselho Nacional de Justiça a determinar que todos os Tribunais de Justiça do país encaminhem, em até 10 dias, os dados sobre os pagamentos de juízes no período de janeiro a julho deste ano. 

Conforme a decisão da presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, os relatórios devem ter o detalhamento de todos os valores que compõem as folhas de pagamento dos magistrados.

O juiz de Mato Grosso alegou que o montante é referente aos 10 anos que recebeu menos do que deveria enquanto esteve em outras comarcas. 

Fato é que a situação de Giannotte não é a única, já que depois da exposição do caso dele veio à tona que só em Mato Grosso outros mais de 80 juízes também receberam supersalários. 

Mirko foi o estopim para que a sociedade, enfim, tivesse acesso a parte de uma histórica caixa-preta do Judiciário brasileiro que tem blindado milhares de togas ao longo dos anos.
 
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