O Tribunal de Justiça manteve a prisão preventiva de Carlos Alberto Gomes Bezerra, que permanece detido no presídio Ahagemon Dantas, em Várzea Grande, aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri pelo assassinato de sua ex-companheira, Thays Machado, e do então companheiro dela, Willian Moreno. O crime ocorreu a tiros em plena luz do dia, no dia 17 de janeiro de 2023, na capital.
O julgamento do habeas corpus, impetrado pela defesa de Carlinhos no final de fevereiro, aconteceu na manhã desta quarta-feira (17). Os magistrados da Segunda Câmara Criminal, por unanimidade, seguiram o voto do relator, desembargador Marcos Regenold Fernandes, e mantiveram a prisão.
Os advogados Francisco Anis Faiad e Eduardo Ubaldo Barbosa decidiram não fazer sustentação oral em favor do réu.
Marcos Regenold ressaltou que não houve ilegalidade na decisão que revogou a prisão domiciliar e decretou a preventiva de Bezerra. Ele explicou que a prisão domiciliar havia sido concedida parcialmente, com a condição de recolhimento obrigatório por 24 horas, exceto mediante ordem judicial expressa, e monitoramento por tornozeleira. Essa medida deveria ser revisada a cada 90 dias e, em caso de descumprimento, poderia ser revogada, como aconteceu.
O relator destacou que Carlinhos desobedeceu reiteradamente às medidas impostas, justificando a manutenção da prisão preventiva. Além disso, salientou a gravidade do crime cometido em plena luz do dia, evidenciando a periculosidade do réu. “A vista disso, em consonância com o parecer ministerial, denego a ordem impetrada em favor de Carlos Alberto Gomes Bezerra”, concluiu Fernandes.
O crime ocorreu quando Thays e William foram surpreendidos por Carlos Bezerra em frente a um edifício na capital. O empresário passou pelo local em um carro e disparou vários tiros contra o casal. Thays foi atingida com dois tiros nas costas e um no quadril, enquanto William foi atingido no braço esquerdo e no peito, tentando fugir antes de cair fatalmente na calçada, a poucos metros de onde Thays faleceu.