O médico Bruno Gemilaki ficará separado dos demais presos da Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá) conforme decisão proferida na quarta-feira (24) pelo Plantão Judiciário da cidade. Além disso, o estabelecimento prisional deve garantir 'atendimento adequado' ao custodiado, em especial com relação à sua saúde psicológica. As medidas foram determinadas durante audiência de custódia.
Bruno Gemilaki foi preso na terça-feira, na companhia da mãe, Inês Gemilaki, encaminhada para a cadeia em Colíder. Os dois protagonizaram um duplo homicídio registrado no domingo em Peixoto de Azevedo.
"Quanto ao pedido do custodiado ficar separados dos demais presos, de acordo com o artigo 84 da LEP, defiro (...) No mais, em que pese a ausência de documentos comprobatórios da saúde psíquica do custodiado, determino que a Unidade Prisional providencie o atendimento adequado, em especial ao estado psicológico do preso", diz trecho da decisão.
Vídeos mostram o momento que Bruno e Inês chegam atirando na casa do garimpeiro 'Polaco', com quem a mulher tinha uma desavença há pelo menos três anos. Mãe e filho não conseguiram atingir o alvo, mas acabaram matando Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos.
Na sequência, as imagens do circuito de segurança do imóvel mostram os dois rindo para as câmeras enquanto deixam a casa. Bruno e Inês ainda foram flagrados numa distribuidora de bebidas enquanto fugiam para Alta Floresta.
Eles se apresentaram à polícia voluntariamente após as prisões de Márcio e Éder Gonçalves, sendo o primeiro marido de Inês e o segundo cunhado e 'piloto de fuga' da ação criminosa.
À Justiça, Márcio alegou que Inês tomou a atitude bárbara porque vinha sofrendo ameaças que acreditava ser de 'Polaco', uma vez que o garimpeiro cobrava dela R$ 59,1 mil devido a um imbróglio envolvendo a casa onde aconteceu o crime, antes alugada por Inês.
HNT