O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para o dia 22 de julho, às 13h00, a audiência de instrução e julgamento do assassinato do advogado Roberto Zampieri. Na decisão, ele ainda revogou a multa aplicada aos advogados dos 3 réus, no valor de 10 salários mínimos, pela ‘demora em apresentar respostas à acusação de tentativa de prolongar o processo’.

São réus na ação, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas. Antônio e Hedilerson são representados pelos advogados Neyman Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza. Já Sarah Quinetti Pironi é a nova advogada de Etevaldo.


Em decisão proferida na segunda-feira (17) o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira citou que Antônio e Hedilerson têm como advogados Neyman e Nilton, e que patrocinam a defesa de Etevaldo os advogados Pedro Henrique e Matheus, sendo que no último mês de maio foi aberto o prazo para que a defesa apresentasse resposta à acusação. No entanto, nada foi entregue.


“Os advogados constituídos, Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza e Pedro Henrique Ferreira Marques e Matheus Amelio de Souza Bazzi, embora devidamente intimados, por mais de uma vez, deixaram transcorrer o prazo para a apresentação da peça defensiva, obstando o prosseguimento do processo, dessa forma agindo, estão a meu ver tentando a todo custo procrastinar o andamento processual demasiadamente”.  

O magistrado ainda contestou um argumento da defesa pontuando que, pela análise do que foi apresentado pelo Ministério Público, não foi usado nada que estivesse no celular da vítima para formação da convicção para o indiciamento e denúncia. Os advogados haviam dito que esperavam os dados do celular para apresentar resposta. 


Porém, após análise dos argumentos e dos autos, bem como a apresentação das respectivas respostas à acusação, foi concedido o provimento para revogar a multa contra os advogados.

O caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

 

O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.

 

No dia 22, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.

 

Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso no dia manhã de janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante, Aníbal Manoel Laurindo, está solto.

GD