Chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), defendeu as discussões em torno da proposta que busca perdoar a pena dos vândalos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (11), o gestor afirmou que o assunto está se arrastando no Congresso Nacional e precisa ser resolvido.

“São 513 deputados federais, 513 votos, nunca vai ter uma voz única. Vai ter gente que vai opinar que a pauta da anistia não é nesse momento e que agora o momento são as queimadas. Vai ter gente que vai opinar que são outras as pautas do momento. Quanto mais o Congresso discutir as pautas do Brasil, melhor. A Anistia é uma pauta que está aí, está quicando, pessoas estão sendo condenadas, criminalizadas e o Congresso tem que resolver sim essa questão”, disse para jornalistas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). 

Fábio Garcia está afastado do cargo de deputado federal, mas comentou a polêmica discussão que contorna o Parlamento Federal. O debate é criticado, já que ocorre no mesmo momento em que o Brasil é consumido pelas chamas.

Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou para outubro a votação da proposta. A avaliação de parlamentares da oposição, depois de quase duas horas de negociação, foi de que poderia não haver votos suficientes para inserir o projeto na pauta. Contudo, o tema segue sendo discutido internamente nos bastidores.

Ao ser questionado sua posição sobre o projeto, Garcia não deixou claro se é favorável ou contra ao perdão dos golpistas. “Com relação a esse ataque a democracia, existem interpretações bastante diferente dessas. Estou defendendo que o Congresso exerça, sim, o seu papel. Se entender que tem que anistiar, tem que aprovar lei e anistiar”, disse.