O emprego com carteira assinada reagiu no segundo semestre de 2020, após forte tombo dos primeiros seis meses do ano em função da pandemia de Covid-19. Mas essa recuperação foi desigual. O mercado criou oportunidades apenas para os homens, enquanto as mulheres, por outro lado, perderam ainda mais espaço.
"Houve uma Incidência maior de demissões nos setores do comercio e serviços, setores no qual as mulheres têm maior participação no mercado de trabalho. Muitas vezes, ocupa os postos mais vulneráveis e foram os postos mais vulneráveis nesses setores, serviço e comércio, que tiveram a primeira incidência demissões", apontou Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, ao Jornal da Cultura.
Dados apresentados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicam que entre março e novembro do ano passado, foram geradas mais de 107 mil vagas formais para trabalhadores do sexo masculino. Mas a realidade é diferente para as mulheres, que perderam mais de 220 mil postos de trabalho com CLT.
Portanto, há menos mulheres empregadas atualmente do que antes da crise causada pelo novo coronavírus. Por se tratar de um problema educacional e cultural, os caminhos para combater essa desigualdade de gênero dependem de um esforço conjunto entre famílias, empresas e estado.
FONTE: TV Cultura