Uma das principais demandas da greve dos caminhoneiros em 2018 era para que ocorresse uma redução no valor do diesel. Com os últimos reajustes deste ano, surgiu a ameaça de uma nova paralisação, o que levou o governo federal a zerar os impostos federais (PIS e Cofins) incidentes sobre o diesel A.
O anúncio dessa redução acabou não surtindo um efeito prático na redução do preço ao consumidor, o que causou confusão nos postos de gasolina. Muitos deles questionam quando a retirada do tributo aparecerá. “O consumidor já está sentindo. Senão, o preço estaria mais alto”, garante Nelson Soares, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).
“Na sequência teve mais um reajuste do diesel pela Petrobras. Então, na realidade, já era para o consumidor estar pagando mais caro do que agora. Só não está porque o imposto para o diesel foi zerado pelos próximos 60 dias”, justifica.
Nelson destaca ainda que o impacto da redução dos impostos federais recai apenas sobre 87% do valor do diesel. Isso porque o combustível é composto por 87% de diesel (fóssil) e 13% de biodiesel.
“Os impostos continuam sendo cobrados sobre o biodiesel. Então, no cupom fiscal do posto não vai aparecer alíquota zerada para nenhum dos combustíveis. Lembrando que etanol e gasolina não tiveram alíquota zerada pelo governo federal”, reforça.
FONTE: ESTADÃO MATO GROSSO