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Notícias / Brasil

11/06/2021 | 12:06 - Atualizada em 11/06/2021 | 12:11

Após defender desobrigação de máscara, Bolsonaro afirma que decisão cabe a prefeitos e governadores

Redação TV Mais News

Foto: Ednilson Aguiar 


O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), mudou o discurso nesta sexta-feira (11), um dia depois de dizer que havia pedido ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um parecer para liberar vacinados e recuperados da Covid-19 de usar máscaras. Agora, ele disse que "não apita em nada" e que a decisão será de governadores e prefeitos. 

Nesta sexta, ao voltar a desencorajar o uso de máscaras por vacinados e recuperados, Bolsonaro voltou a dizer que a responsabilidade é de estados e municípios. Ele falou a veículos de imprensa na porta do Palácio da Alvorada.

"Quem já foi infectado e quem tomou vacina não precisa usar máscara*. Quem vai decidir é ele [ministro Queiroga], dar um o parecer. Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e prefeito, eu não apito nada. É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Nada como você estar em paz com a sua consciência", afirmou.

*Munir Ayub, membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, afirmou que "não existe essa possibilidade" de se prescindir do uso da máscara no atual estágio da pandemia. "Não tem nenhum sentido. É uma orientação apenas política porque não tem nenhuma justificativa médica para isso. Mesmo a pessoa que já teve ou que já foi vacinada não está livre de se reinfectar. Enquanto estiver circulando o vírus neste nível alto, não existe essa possibilidade. Neste momento é temerário", disse em entrevista ao G1.

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no ano passado, que estados e municípios têm direito de tomar medidas para conter a pandemia, Bolsonaro alega que o governo federal foi proibido de liderar ações contra a Covid.

Ministros do STF vêm explicando que o argumento do presidente não tem fundamento. E que a decisão da Corte determina que a União é a responsável por coordenar as ações. Na época da decisão do STF, Bolsonaro queria derrubar medidas de uso de máscara e de isolamento social, impostas por estados e municípios.

O presidente é contra as medidas de restrição para conter a disseminação do vírus, consideradas por autoridades sanitárias do Brasil e do mundo todo como essenciais para frear o coronavírus. Ao longo de toda pandemia, o presidente vem causando aglomerações e, na maioria delas, está sem máscara.



Fonte: OLHARDIRETO
 
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