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28/07/2022 | 05:19

MP investiga médico coordenador do Samu por assédio e morte de paciente

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução

O Ministério Público Estadual investiga denúncias contra o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), H.L.F., de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá). O médico foi acusado por suspeita de despreparo para a função, morte de criança, assédio sexual, não cumprimento de carga horária e fraude em plantões.

O Inquérito Civil foi instaurado há poucos dias e testemunhas estão sendo ouvidos pela promotora Joana Maria Bortoni Ninis, da 1ª Promotoria de Justiça Cível.

Segundo informações obtidas pelo , apesar de ter que cumprir carga horária de 8h na sede do Samu, o coordenador dificilmente é encontrado no local. Ele atua em uma clínica da cidade e é especializado em tratamentos para emagrecimento. No local, ele estaria aplicando hormônios ilegais nas pacientes.

A denúncia obtida pela reportagem ainda cita que o homem assedia moral e sexualmente as funcionárias do Samu. Não é detalhado a maneira que ocorre a abordagem do médico. Segundo o documento, ele também recusa atendimentos.

“Narrou que a mulher tinha traqueostomia e tinha formado uma rolha. mas mesmo assim H. negou o encaminhamento da viatura, negou atendimento. Esses fatos ocorreram no dia 18 de fevereiro de 2022, são recentes, o SAMU deveria ter ido para fazer a higienização da traqueo, foi solicitado às 11 horas, mas o coordenador mandou a médica reguladora negar o atendimento”, diz trecho da denúncia.

Em uma oportunidade em que estava de plantão, foi solicitado para prestar socorro a uma criança engasgada com chiclete. A conduta do profissional foi equivocada e resultou na morte da vítima.

“Outra situação é que H. se vale do cargo que ocupa para obter vantagens para si. Ele não tem RQE, conforme exigência legal e mesmo assim, anda fazendo atendimentos na viaturas, substituindo médicos capacitados e recebendo pelos plantonistas o valor de R$ 1200,00 se for a vista, se for com pagamento posterior cobra R$ 1500,00 pelo plantão que ele nem pode fazer, é ilegal, ele não tem qualificação técnica para isso”, diz outro trecho do documento.

O profissional começou sua carreira no Corpo de Bombeiros e se formou em Medicina na Bolívia, contudo sua especialização não o permite atuar como médico socorrista. Em Consulta ao Conselho Federal de Medicina (CFM) consta que o registro do médico está regular, mas não consta especialidade. A primeira inscrição foi feita em 3 de dezembro de 2021.

Apesar de ter registro no conselho médico somente no ano passado, o profissional é responsável pelo Samu da cidade deste 2017.

Por fim, o denunciante requer que o MPE apure a conduta do médico, que está no cargo por indicação política, como alega.
Segundo O MP, a apuração foi instaurada após a queixa crime e informações estão sendo buscadas, assim como testemunha ouvidas. O caso tramita sob sigilo.


Outro lado

A reportagem tentou contato com o médico junto ao Samu, mas ele não estava. A clínica onde atente foi procurada, mas a atendente disse que ele não trabalha lá. O médico não retornou para se manifestar.





Fonte: GAZETADIGITAL

 
 
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