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09/11/2022 | 18:19 - Atualizada em 10/11/2022 | 12:17

Moradora de Várzea Grande reclama de falta de água no bairro São Simão

A região está sem abastecimento de água há cerca de dois meses

Ana Claudia Fortes

Moradora de Várzea Grande reclama de falta de água no bairro São Simão

Foto: TV Mais News

O problema da falta d'água em Várzea Grande se arrasta há anos e parece não ter um fim. As reclamações de moradores só aumentam, principalmente, nos bairros mais afastados da região central.  

Moradora do bairro São Simão, há 15 anos, Vivian Kelly P. Santos é uma das que vive na pele esse drama regularmente. Vestida com uma camiseta estampada com o brasão da Mulher Maravilha, a fiscal de loja recebeu nossa equipe, e explicou que a situação se agravou há cerca de dois meses, quando as torneiras secaram de vez, provocando um grande transtorno. 

“Antes a água vinha a cada 3 dias, mas parou de vir na rua em que moro. Começamos a ter acesso a água normalmente, vindo da outra rua, e depois parou de vez”, conta. 

Conforme Kelly, o problema seria mais grave, pois o local não possui saneamento básico e a ligação da água não é feita pelo Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE), e sim pelos próprios moradores. 

“Os moradores precisam fazer a ligação no cano-mestre, pois não temos saneamento aqui. A ligação da água mesmo, é somente até a esquina.  Não temos instalação feita pelo DAE. Não temos cavaletes, não chegam as contas e também não temos esse item básico, a água”, afirma. 

Segundo a moradora, ela e a família se viram como podem. Vivian Kelly destaca que quando a água acaba, o jeito é recorrer aos céus ou ao caminhão pipa. 

 “Preciso aparar a água da chuva, e dou graças a Deus quando chove. Quando não chove, preciso comprar a cada 3 dias. Pago R$ 50,00, em mil litros. É o que dá, porque se for encher todas as caixas, fica caro”, lamenta  

Mãe, ela diz que precisa escolher como utilizar a água, já que a que consegue ter nas caixas, não é o suficiente para suprir as necessidades diárias. 

“Estou há dois meses sem conseguir lavar as roupas. Lavo somente as de trabalho e dos meus filhos. A água da chuva dá apenas para alguns afazeres de casa, como a limpeza. Mas para tomar banho, lavar as louças e para beber, precisamos comprar”. 

Kelly diz que quando procuram o DAE, são comunicados que o abastecimento ocorre normalmente ou que a bomba está com problemas. 

“Quando reclamamos para o DAE, eles dizem que a bomba estragou ou que já arrumaram, mas a água nunca chega aqui. Fizeram um poço artesiano no campo, que era para abastecer o bairro, mas a água nunca chegou”, diz a fiscal cansada de reclamar e nunca ter resposta. 

A moradora pede para o prefeito do município, Kalil Baracat olhe com atenção para o bairro. "Não temos o prazer de pegar um talão, porque nem o saneamento básico temos. Peço ao prefeito, pelo menos o saneamento básico, nem ligo tanto para o asfalto. Mas a água é essencial para todos nós. Sem energia até vivemos, mas sem a água, não. Portanto peço socorro”, finaliza a super-heroína do bairro São Simão. 
 
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