A doença celíaca é uma doença autoimune que atinge 1 a 2% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pouco conhecida, ela é uma reação à ingestão do glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada que provoca uma dificuldade para o organismo em absorver os nutrientes.
Conhecida anteriormente como intolerância ao glúten, a doença celíaca muitas vezes é adquirida por meio de uma disposição genética, imunológica e ambiental. Sua descoberta tardia pode causar inúmeros problemas para saúde, inclusive outras patologias, como explicou Leonardo Boner, vice-presidente e coordenador da regional centro-oeste da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenalcebra) em entrevista ao .
"A doença não tratada pode chegar a casos mais grave como câncer e linfoma, notadamente aumentados em população celíaca, inclusive os linfomas, que segundo estatísticas é quatro vezes maior na população celíaca, que não se tratam. Então a consequência é bastante grave", explicou.
O diagnóstico é realizado através do exame clínico realizado por um médico especialista por meio de biópsia do intestino, endoscopia ou até mesmo exame de sangue, o único tratamento para doença celíaca é a exclusão total do glúten em sua alimentação, o paciente diagnosticado com a patologia deve aderir alimentos mais naturais como arroz, feijão, vegetais e proteínas da carne.
Diante do cenário alarmante e pouco conhecido a causa ganhou um dia nacional para conscientização, sempre comemorado no terceiro domingo do mês de maio. Buscando trazer mais alusão à causa a Fenalcebra criou um projeto de lei para criação de uma carteirinha de celíaco.
Boner explicou que essa carteira é uma forma de resguardar o portador da doença e lhe dar mais direitos como entrar com sua comida segura em restaurantes que não tem pratos específicos para o atender.
"Com essa carteirinha do celíaco a gente vai lutar para várias outras coisas, porém no primeiro momento a carteirinha celíaco dará direito em entrar em estabelecimentos comerciais como restaurante, balneários com a sua comida segura, o celíaco tem direito a levar assim como em hospitais onde nós temos mais problemas tanto para quem está hospitalizado e tanto para quem como acompanhante", pontuou.
A audiência pública ocorrerá no dia 16 de maio na Assembleia Legislativa em Cuiabá.
Fonte: GAZETADIGITAL
