Após o suposto envolvimento de deputados eleitos com apoio de faccionados em Mato Grosso em Cuiabá, a relação da Assembleia Legislativa com o Governo do Estado, deve sofrer algumas colisões, tendo em vista que o governador Mauro Mendes (União Brasil), tem travado batalhas contra o crime organizado e suas vertentes, inclusive destacando tolerância zero para atos criminosos. A denúncia foi feita pelo deputado Wilson Santos (PSD), em entrevista ao site RepórterMT. De acordo com o parlamentar, ele foi “impedido” de fazer campanha em certos bairros da capital, pois ali a facção já tinha escolhido seu candidato.
Durante a entrevista, Wilson afirmou que levou a informação para o então secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante. Ele, em conversa, teria afirmado que alguns deputados tinham cobrado a instalação de tomadas em celas de líderes de facção em MT, para que eles pudessem carregar seus celulares. Os nomes dos parlamentares não foram revelados.
Mendes teria ficado revoltado com a informação do parlamentar e a classificou como grave. “Realmente é algo grave, concordo. Tenho que tomar conhecimento com um pouco mais de profundidade, mas como governador me cabe encaminhar [as denuncias], porque não é o governador quem investiga, nem quem tem poder de polícia. Quem tem que investigar é a Polícia Civil e o Ministério Público. Eu, como cidadão, fico perplexo vendo um deputado falar isso. Isso merece, por parte de quem tem o dever de investigar, verificar se tem procedência”, disse.
Diante do que foi afirmado pelo deputado, o comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Mendes, disparou que Wilson deveria ter “dado nome aos bois” visto que a denúncia recaí sobre os 24 parlamentares.
Fonte: FOLHADOESTADO
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