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Notícias / Política

04/05/2023 | 08:23

Após morte da cadela Charlotte, deputado apresenta projeto para regularizar uso de manta térmica

O projeto prevê a aplicação de penalidades para as clínicas que descumprirem as medidas

TV Mais News

Após morte da cadela Charlotte, deputado apresenta projeto para regularizar uso de manta térmica

Foto: Reprodução

O deputado estadual Júlio Campos (UNIÃO) apresentou Projeto de Lei no plenário da Assembleia Legislativa (ALMT) nesta quarta-feira (3), que proíbe o comércio e o uso de manta térmica sem termostato nas clínicas veterinárias de Mato Grosso, para evitar novos casos de queimaduras em animais durante procedimentos cirúrgicos.

A criação do projeto de lei sugere ainda alternativas seguras para regular a temperaturta corporal dos animais durante procedimentos veterinários. Algumas das opções são: cobertores aquecidos com água quente, aquecimento da sala cirurgica, cobertores térmicos sem fios elétricos , aquecedores infravermelhos ou sistema de ar-condicionado com controle de temperatura.

O projeto prevê a aplicação de penalidades para as clínicas que descumprirem as medidas como multa de R$ 10 mil e suspensão do alvará de funcionamento da clínica veterinária, por um período de 30 dias, em caso de reincidência.


O deputado Júlio Campos explica que o projeto foi criado em virtude do caso da cadela Charlotte morrer após uma parada cardíaca decorrente de queimaduras de terceiro grau, causado pelo superaquecimento do equipamento utilizado para regular sua temperatura corporal.

Caso Charlotte

A cachorrinha, chamada Charlote Dayane, foi "esquecida" na manta térmica durante a cirurgia para retirada do globo ocular na Clínica Veterinária Bendita Pata no dia 11 de abril, segundo a tutora Eliane Montanha.
Um dia após a cirurgia, a cadela foi levada para outra clínica, onde ficou mais de 15 dias internada até morrer em razão de uma parada cardíaca na sexta-feira (28).

As tutoras de Charlote alegam que um veterinário da clínica Bendita Pata disse que o procedimento no olho era "urgente" e, preocupadas, elas não buscaram por outro diagnóstico.

Elas acusam os veterinários de terem avisado sobre as queimaduras apenas 24 horas depois da cirurgia e dizem que eles indicaram uma pomada e soro fisiológico para tratar as lesões. As tutoras abriram um perfil no Instagram para divulgar o caso. Uma manifestação foi realizada para pedir justiça pela cadela.
 
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