O empresário José Clovis Pezzim de Almeida, conhecido como Marlon Pezzin, de 31 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (1), em Cuiabá, em uma megaoperação da Polícia Civil de Alagoas (AL). A ação, denominada Hades, investiga um esquema criminoso de tráfico de drogas em larga escala e lavagem de capitais.
A prisão de Marlon foi confirmada pelo advogado Ocimar Carneiro, que faz a defesa do empresário. Ele também foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência, em um condomínio de luxo na Capital. Quinze mil reais em dinheiro foram encontrados na residência. A Polícia Civil apreendeu ainda computadores, celulares e documentos que fornecerão subsídios para a investigação em andamento em Alagoas, Estado que expediu o mandado de prisão.
Ainda é cumprido no Estado outros nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Chapada dos Guimarães. Ao todo, a operação cumpre 307 ordens judiciais em 17 estados. São 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão.
Marlon é empresário do ramo de mineração em Mato Grosso e já se envolveu em diversas ocorrências policiais no Estado por crimes como agressão, disparo de arma de fogo e acidente durante racha.
Conforme o delegado Wilson Cibulski, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), Pezzin passará por audiência de apresentação em Cuiabá e caberá a Polícia de Alagoas decidir se o preso será transferido para o estado nordestino ou se será ouvido aqui, com a colaboração da Polícia Civil mato-grossense.
O advogado Ocimar Carneiro disse que só irá se manifestar mais sobre o caso após ter acesso ao processo.
A megaoperação
Segundo a Polícia Civil do Alagoas, o trabalho investigativo começou em março de 2021 pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), para apurar a movimentação criminosa de quatro pessoas, sendo dois casais, em atividades ilícitas.
A Polícia identificou que os casais lideravam duas organizações de forma independente: uma em Alagoas e outra no Pará.
Havia, no entanto, pontos em comum, como membros das mesmas facções criminosas e um esquema sofisticado de lavagem dinheiro.
Eles recebiam as drogas do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, que são grandes produtores de drogas.