O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), afirmou à imprensa na manhã desta quarta-feira (24), a situação na Saúde de Cuiabá está “caótica e crítica”, e uma nova intervenção não é descartada.  Botelho solicitou uma nova reunião entre os Poderes e os órgãos de controle para discutir sobre o tema.

“A Saúde está caótica. A situação é crítica em todos os postos de Saúde de Cuiabá. Nós precisamos realmente discutir isso com o governo do Estado, com o Tribunal de Contas e com Ministério Público novamente. A situação é crítica. Está aumentando as filas, o atendimento está precário. As condições de trabalho dos médicos e enfermeiros está precário, os atrasos na Saúde são imensos. E na verdade quem está trabalhando lá está sendo herói, pois estão lutando para atender as pessoas. Então temos que discutir isso e vamos programar uma discussão sobre a Saúde de Cuiabá”, disse.

O parlamentar acredita que uma nova reunião será agendada nos próximos dias,com o desembargador Orlando Perri, relator do processo da intervenção no ano passado. “Estava conversando com Orlando Perri sobre essa questão, precisamos discutir mais a saúde […] marcarmos uma nova reunião, porque a Saúde está entrando em colapso novamente”.

Questionado sobre uma possível nova intervenção por parte do Governo do Estado, Botelho não descartou a opção. “Eu acho que nós temos que discutir e, se não achar uma solução, evidentemente que pode até culminar em uma intervenção. Mas primeiro o diálogo, primeiro um entendimento”, esclarece.

A declaração ocorre após o Nessa terça-feira (23.04), o Ministério Público, por meio da 7ª Promotoria de Justiça Cível Tutela Coletiva da Saúde de Cuiabá, notificar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), para que ele cumpra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e repasse em até 5 dias rigorosamente os valores previstos na Lei Orçamentária Anual de 2024 à Secretaria Municipal de Saúde. Conforme o MP, até o momento o município já deixou de repassar aproximadamente R$ 15,5 milhões.

Contudo, a prefeito Emanuel Pinheiro cobra um aumento do repasse por parte do Governo do Estado.