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05/08/2017 | 08:02

Refeito de tratamento, Gil estreia turnê: "Diminuí a intensidade das coisas"

Época

Refeito de tratamento, Gil estreia turnê:

Foto: Daryan Dornelles

Recuperado da insuficiência renal que lhe rendeu internações no ano passado, Gilberto Gil acaba de estrear a nova turnê Trinca de ases em São Paulo, que percorrerá diversas capitais até dezembro, ao lado de Gal Costa e Nando Reis. “Somos três mosqueteiros, três patetas, três poetas da canção”, diverte-se ele. No palco, o trio revisita sucessos uns dos outros, o que, segundo Gil, tem sido um desafio e tanto. “Temos alguma noção de intercruzamento de nossos repertórios, mas fico um pouco tenso com as músicas do Nando, que tem estilo diferente do meu, e acho que vice-versa. A mais folgada aqui é Gal. Ela é minha irmã”

ÉPOCA – Como é voltar à estrada?
Gilberto Gil – Para mim, tudo igual. Sentamos, preparamos, ensaiamos e vamos fazer. Depois dos tratamentos, alguns invasivos, estou bem. Eu tinha reagido mal no começo, mas as coisas foram se equilibrando. Não preciso mais acordar de madrugada para tomar medicação e como de tudo. Precisei só reduzir o sal porque um dos efeitos foi hipertensão.

ÉPOCA – Teve medo de morrer?
Gil – A gente sabe que a vida acabará num determinado momento. Fazemos com que ela se prolongue de forma saudável, tratando das doenças e da saúde emocional – isso tudo pesa. A idade me trouxe a necessidade de diminuir a intensidade das coisas, para chegar a um patamar adequado. Mas a finitude é uma certeza para todos nós.

ÉPOCA – Acompanha os novos fenômenos da música, como Anitta e Pabllo Vittar?
Gil – Acompanho minimamente, na medida do possível. Sei que eles tocam no rádio, na internet, em todos os lugares, [ouvir] é compulsório. Acho que representam novas formas de fazer música, se relacionar com o mercado e o mundo corporativo. São artistas ligados aos novos costumes, como o Ney Matogrosso foi há 40 anos, quebrando uma série de padrões.

ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre o momento político do país?
Gil – Vejo com apreensão, com ansiedade para que soluções apareçam rapidamente, com a perspectiva das novas eleições. Estamos a um ano disso. Não acho que devamos ter pressa agora, eu não tenho. Na minha ponderação, substituir agora um presidente vindo de uma interinidade vai só entregar o título para outro interino. Não tenho candidato para 2018, mas é hora de nos prepararmos para as eleições.

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