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Entrevistas

09/06/2020 | 20:50

É complexo educar, no mundo em que vivemos....

Caio Dias

Durante o dia mundial do combate contra a violência contra a criança, fica o questionamento de como funciona a educação infantil, qual é a melhor forma? Conversa tranquila com as crianças, ou aquela boa e velha surra? A verdade é que é complexo educar um filho, principalmente quando a sua criação foi de uma forma, e tentar colocar outra forma de educação. Bom, a violência contra a criança é um tema muito forte a ser debatido, mas será que é notificado, será que a policia é chamada? Essas e outras perguntas a defensora da vara publica da infância, Cleide Regina irá nos tirar algumas dúvidas.

Quando se fala em violência contra um ser humano, normalmente é sempre notificado um boletim de ocorrência, onde a policia vai checar os fatos. E contra a criança, que na maioria das vezes tem que obedecer aos pais, existe muitas notificações?

“Eu falo muito sobre isso, dessa preocupação do grupo de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Existe uma cultura de educar com agressão, e para se mudar através de informação, onde se pode observar que as pessoas insistem em acreditar que só existe essa forma de educação. Mesmo falando, informando e orientando, mostrando as vítimas e consequências que eles levam para o resto da vida” comentou a defensora
E aquela velha história, de que o adulto hoje conta para os filhos: “Meu pai sempre me bateu e olha eu aqui firme e forte”, ele será que está forte mesmo?

“Não necessariamente bem, se não, não teríamos tantos adultos tomando remédios para dormir. Tantos adultos, com problemas psicológicos e mesmo de relacionamento com as demais pessoas, queremos que as pessoas entendam que a agressão deixa rastros. Violência gera violência, isso está provado, e tem vários estudos sobre o assunto. A nossa maior preocupação é que essa criança que é vítima de violência na infância, ela pode se tornar autora de violência doméstica, ela propagará a violência na comunidade. Nós precisamos proteger nossas crianças.” Comentou 

E aquelas crises e palavras de baixo calão, que são usadas com as crianças “levadas”, essas crianças na maioria das vezes repetem essas crises quando adultos, ai que piora a situação ou não?

“Exatamente. Interessante que as pessoas pensam em agressão física, mas tem várias formas de violência física sexual. Psicológica patrimonial e então são diversas formas. Não tem uma forma de violência. E quando você fala que a pessoa fala um zé mané. Que mensagem ele está passando para que ele aquela criança e pro resto da sua vida. Ela não é a minha área, mas nós indicamos oficina de pais para que a gente possa aprender a educar. constelação quando é o caso para poder mudar a forma de pensar.” Comentou a defensora

Como proceder para denunciar uma agressão infantil?

“Hoje eu quero deixar um recado para os vizinhos. para a população em geral. Ajude a cuidar das nossas crianças porque hoje nesse momento de pandemia as crianças não estão não estão podendo ser vigiado pela comunidade em geral porque até mesmo na saúde que fala quando a criança tem algum machucado não vai no posto não é isso porque pode se contaminar com o coronavírus. Fique em casa. Tentei ligar para informar o Ministério da Saúde, mas não vai. Ou seja, curar feridas em casa. Então vizinhos por favor disque 100. É uma das formas mais rápidas que nós temos instrumento de poder proteger as nossas crianças.”

“Nós temos o WhatsApp para poder receber essas denúncias e encaminhar para a delegacia encaminhar o caso ao Ministério Público encaminhar ao Conselho Tutelar. Mas nosso objetivo é proteger as nossas crianças. Uma vez feita a denúncia pelo WhatsApp ou pelo Disque 100.” completou

Agora a pessoa aprendeu o caminho para denunciar uma agressão infantil, quem fiscaliza após a denúncia feita. 

“O órgão hoje de controle e o Conselho Tutelar. encaminhamos para que ele possa verificar se está vendo agora no momento da agressão. Você está ouvindo uma agressão que você está chorando disque 190. Chama a polícia. A Polícia Militar vai interferir de imediato e vai chamar o conselho para poder fazer esse trabalho em conjunto. Nesse caso a polícia pra poder pegar justamente o flagrante daquela agressão naquele momento e o que acontece depois de feita a denúncia a verificação qual o próximo passo tem que ser estudado caso porque em algumas situações é caso de tratamento dos pais. para que eles aprendam a educar seus filhos sem violência. porque as pessoas não admitem isso. Mas eu sei educar meu filho. Existe a crença que todo mundo sabe educar e não. dependendo da situação essa criança pode ser afastada do núcleo familiar por um acolhimento institucional dependendo da situação. e. sendo possível procurar a família. Em último caso nascemos para essa criança. Porque a gente fala que a gente fica esperando parece que o momento de denunciar quando ocorre a violência física ou violência psicológica que é mais comum é mais simples e mais fácil de ocorrer que. o grito. que. Mané. você não serve pra nada você não presta não sei porque que eu engravidei. A frase é horrível.”

Essa geração está sendo criada como seres humanos extremamente frágeis? Ou não?

“Quando se fala em violência estamos acompanhando as notícias mundiais de tumultos agressões reiteradas e fala de violência começa em casa. começa na família. Se nós não cortarmos a violência dentro de casa. o mundo continuará tendo a violência como nós vemos constantemente. Declarou 

Esse trabalho da Vara da Infância de Várzea Grande e Cuiabá, trabalham em conjunto para combater a violência infantil? Ou é um trabalho feito separadamente por cidade dentro do estado:

“Na verdade. Nós, fazemos um trabalho. Temos um grupo de defensores da infância no Mato Grosso eu faço parte também do grupo dos Defensores nacional. que faz a defesa específica da infância interligada. Nós defendemos os casos individuais ocorridos dentro de Várzea Grande. que não impede que eu recebo uma denúncia encaminho para o colega de Cuiabá tomasse providências exatamente agora.”

Existe um momento de intervir? E denunciar?

“No primeiro hematoma que apareceu na criança. Esse o primeiro momento de vários documentários sobre isso. Mas. se você tiver conhecimento de uma série chamada Gabriel Fernandes. já ouviu falar, que a criança apareceu com vários hematomas e ninguém fazia nada. Não foi melhor porque a criança peralta e tudo o mais. Chegou à morte da criança. no Brasil, mas o caso famoso que gerou inclusive a lei do menino Bernardo. que ele chamava falava olha eu estou sendo agredido, mas que acreditava em uma criança.”
 
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