A Justiça homologou o acordo de não persecução civil firmado entre o Ministério Público do Estado (MPE) e o sargento da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior. O PM deverá devolver R$ 61.920 aos cofres do Estado.
O militar, que na época dos fatos era cabo, é um dos envolvidos no esquema de escutas ilegais, conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, que veio à tona em 2017, durante a gestão do ex-governador Pedro Taques.
No acordo, que tem por finalidade impedir o início de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa, Gerson deverá pagar o montante em 48 parcelas mensais e multa civil estipulada em R$ 3.000.
A multa civil será destinado à Associação 4 Bravo Lutas, que tem por finalidade e objeto social a prestação de serviços filantrópicos, assistencial, promocional, esportivo, recreativo e educacional, sem cunho político ou partidário, para crianças carentes.
Com isso, o policial foi excluído do polo passivo da ação de improbidade administrativa e devolução de recursos ao erário.
Ainda são réus o ex-governador Pedro Taques, seu primo, e ex-Chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-comandante Geral da PM de Mato Grosso, Zaqueu Barbosa, o os oficiais da PM, Evandro Ferraz Lesco; Airton Siqueira.
Grampolândia
O caso dos grampos veio à tona em 2017 e, dois anos depois, o esquema teve um desfecho na Justiça Militar, com o julgamento de cinco militares acusados de operarem o esquema.
Na ocasião, apenas o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, foi condenado. Ele pegou pena de oito anos de prisão, em regime semiaberto.
Durante o julgamento, o então cabo Gerson admitiu participação e deu detalhes sobre o funcionamento da "Grampolândia”, recebendo perdão judicial.
Na época, ele ainda apontou Pedro e Paulo Taques como sendo responsáveis pelo esquema que interceptou diversos desafetos do então grupo político que comandava o Paiaguás.
Fonte: MídiaNews